REFLEXÕES TEXTO 10
AVALIAR NA CIBERCULTURA
Andrea Cecilia Ramal / Referência: RAMAL, Andrea Cecilia. “Avaliar na cibercultura” . Porto Alegre: Revista Pátio, Ed. Artmed, fevereiro 2000.
Achei este texto muito instigante, tema central para muitas aulas, pois nos faz refletir não somente nas nossas práticas pedagógicas, mas também na sociedade em que estamos e ou estaremos inseridos, bem como trás em mim um conflito muitíssimo indagador em se tratando da escola que temos da que talvez teremos em 2069, para com que sociedade viveremos. Acredito de que pode ser que ocorra tais mudanças que são muito sugestivas em relação às aulas, aos professores, e também aos alunos, que precisam além de tudo querer, pois eles serão os grandes autores de sua própria vida escolar, e de ampliação de seus conhecimentos, passando o professor de repassador de informações a um mediador preparado, tornando – se um estrategista com a finalidade de auxiliar os alunos na busca dos seus interesseS a partir de suas pesquisas individuais e coletivas, envolvendo – se na sua própria educação. Vamos dizer que será uma nova educação na qual o aluno perceba que ele é o principal interessado em fazer render seus estudos e em verificar como pode aprimorar as estratégias de construção dos seus saberes, sendo este temas voltados para o ensino por projetos quais pressupõe – se ter mais chances de constituir aprendizagem significativa.
Sendo assim nos dias atuais, trazendo esta projeção do futuro que ao meu ver possa vir a acontecer de fato, como também menciona a autora no início do texto, será que hoje com as realidades que encontramos nas instituições de ensino, onde alunos agridem seus professore, onde precisam ser obrigados a ir para a escola, onde o governo cria cada vez mais programas em que a criança permaneça na escola um maior número de tempo possível e não dão suporte, aonde as crianças ao chegarem em suas casas recebem de comer o são colocadas para dormir para que sua mãe possa fazer os afazeres domésticos, onde os pais muitas vezes estão fazendo horas extras, onde o governo ao invés de ensinar a pescar, trazendo mais empregos, maiores condições de materiais para as escolas para que esta se torne atrativa, tanto quanto o mundo “exterior a ela”, dá o peixe com todas as suas bolsas, conseguiremos fazer com que s alunos por si só venham para a escola estudar? O mundo lhes oferece gamas de informações, em suas próprias casas e com certeza com uma tecnologia bem maior que ocorre nas escolas. Será???? Ainda me indago?????
Pois como sempre ocorre, até 2069 mesmo com todo este processo pensado será que já não será ultrapassado, pois pelo que sabe – se a escola é um dos lugares mais difíceis de se ter mudanças, sejam elas físicas, cognitivas, recursos humanos, é uma burocracia total. A educação é um poder altamente político, onde entra governo, sai governo as leis são mudadas conforme as “carroças dos partidos mandam...”.
“Isso só será possível numa escola em que o aluno não estude, porque o pai mandou, para não ficar de recuperação, ou para sair logo. Deverá ser uma escola com outras motivações, na qual estudar seja interessante, pesquisar seja algo inevitável para satisfazer as curiosidades despertadas, e aprender seja algo imprescindível na consciência de futuros cidadãos que desejam se aprimorar e colocar o conhecimento a serviço da comunidade.”
Trago estas palavras e me questiono, com o turbilhão de acontecimentos onde o dinheiro e o “meu” bem estar está cima de tudo, não importando quem “eu precise derrubar” para alcançar o patamar maior dentro do meu campo profissional e ou pessoal, onde eu preciso ser o melhor para garantir aquela única vaga de emprego que me oferecem, conseguiremos fazer com que os jovens despertem suas curiosidades e desejem se aprimorar em prol de serviços das comunidades?
É isso que acredito que muitas de nós professoras ultimamente tentamos fazer, com que os alunos se tornem voltados para o sociável, para o coletivo, para ações de bem comum, e será que isso está dando resultados???
Ou os professores estão adoecendo muito mais e cada vez mais cedo?
“A maturidade das crianças e jovens de hoje, sua forma diferente de ver o mundo, exigem um currículo amplo, que inclusive comporte essas discussões”.
Será que as atitudes dos jovens atualmentes são sinônimos de maturidade...???
“Estudantes toleram cada vez menos os cursos que não têm relação com suas vidas, distantes das necessidades do cotidiano e de seu mundo”.
Acredito que não seja somente os estudantes que não toleram mais estes cursos, distantes das realidades, os professores também querem e na medida do possível buscam novas alternativas, mas como a autora mesmo colocou, há diretrizes, currículos, normas, burocracias, mas o que elas são “federal” e será que condiz com as realidades encontradas e, cada estado, em cada município em cada escola?
Será que as crianças já sabem desde cedo o que querem ser, quando profissionais, será que terão campo de trabalho para seus desejos?
Para tanto nas condições em que muitas escolas se encontram, acredito que mesmo hoje já temos professores que possam ser chamados de dinamizadores de inteligência, não é o fator físico espacial, munido de um computador que podemos “classificar” um ser humano hoje como professor daqui a alguns anos como dinamizador da inteligência, cada época faz seus personagens e autores.
Para chegarmos a idealização de 2069, em nossas escolas temos um caminho muitíssimo árduo, não somente se tratando de mudanças de paradigmas, mas também será preciso, mudanças de leis, de recursos, de ideais e principalmente, mudanças de caráter e de foco para o coletivo, e para nós na educação uma mudança de metodologias.
Pode ser que eu tenha interpretado este texto como uma crítica e não como a era da cibercultura, temos nossas avaliações desta forma, porque vivemos nesta época, acredito que já foi muito pior, e com certeza a educação sempre estará em busca de qualidade de conhecimento, pois cidadãos cultos transformam a sociedade, o mundo em sociedades de qualidade de vida, e é isso que acredito que sempre estamos como instituição de ensino tentando fazer, acredito muito no professor como um ser de amor à educação, ao coletivismo, a democracia, temos aqueles que não colaboram, que não querem... Temos sim...
Mas temos também aqueles que como a autora acreditam numa educação em que se priorize o trabalho coletivo, a busca de aprendizagens para melhorar a qualidade de vida. Tomara que chegando em 2069 eu possa estar vendo esta “realidade” que a autora traz neste texto.
Mas como já mencionei e como ela também coloca com suas palavras “
O tempo depende de nós, que estamos nas escolas, da abertura de visão das instâncias governamentais de supervisão escolar, e das Políticas públicas de investimento numa reforma educativa; mas de qualquer forma, as Práticas escolares tradicionais não vão poder se sustentar na cibercultura”.
Assim como a era do aprendizado através de castigos não suporta a época em que estamos vivendo, com as medidas e mudanças de culturas os tipos de metodologias atuais também não suportarão para esta sociedade que está “nascendo”, acredito sim que uma das metodologias venha ser a “cibercultura”.
AVALIAR NA CIBERCULTURA
Andrea Cecilia Ramal / Referência: RAMAL, Andrea Cecilia. “Avaliar na cibercultura” . Porto Alegre: Revista Pátio, Ed. Artmed, fevereiro 2000.
Achei este texto muito instigante, tema central para muitas aulas, pois nos faz refletir não somente nas nossas práticas pedagógicas, mas também na sociedade em que estamos e ou estaremos inseridos, bem como trás em mim um conflito muitíssimo indagador em se tratando da escola que temos da que talvez teremos em 2069, para com que sociedade viveremos. Acredito de que pode ser que ocorra tais mudanças que são muito sugestivas em relação às aulas, aos professores, e também aos alunos, que precisam além de tudo querer, pois eles serão os grandes autores de sua própria vida escolar, e de ampliação de seus conhecimentos, passando o professor de repassador de informações a um mediador preparado, tornando – se um estrategista com a finalidade de auxiliar os alunos na busca dos seus interesseS a partir de suas pesquisas individuais e coletivas, envolvendo – se na sua própria educação. Vamos dizer que será uma nova educação na qual o aluno perceba que ele é o principal interessado em fazer render seus estudos e em verificar como pode aprimorar as estratégias de construção dos seus saberes, sendo este temas voltados para o ensino por projetos quais pressupõe – se ter mais chances de constituir aprendizagem significativa.
Sendo assim nos dias atuais, trazendo esta projeção do futuro que ao meu ver possa vir a acontecer de fato, como também menciona a autora no início do texto, será que hoje com as realidades que encontramos nas instituições de ensino, onde alunos agridem seus professore, onde precisam ser obrigados a ir para a escola, onde o governo cria cada vez mais programas em que a criança permaneça na escola um maior número de tempo possível e não dão suporte, aonde as crianças ao chegarem em suas casas recebem de comer o são colocadas para dormir para que sua mãe possa fazer os afazeres domésticos, onde os pais muitas vezes estão fazendo horas extras, onde o governo ao invés de ensinar a pescar, trazendo mais empregos, maiores condições de materiais para as escolas para que esta se torne atrativa, tanto quanto o mundo “exterior a ela”, dá o peixe com todas as suas bolsas, conseguiremos fazer com que s alunos por si só venham para a escola estudar? O mundo lhes oferece gamas de informações, em suas próprias casas e com certeza com uma tecnologia bem maior que ocorre nas escolas. Será???? Ainda me indago?????
Pois como sempre ocorre, até 2069 mesmo com todo este processo pensado será que já não será ultrapassado, pois pelo que sabe – se a escola é um dos lugares mais difíceis de se ter mudanças, sejam elas físicas, cognitivas, recursos humanos, é uma burocracia total. A educação é um poder altamente político, onde entra governo, sai governo as leis são mudadas conforme as “carroças dos partidos mandam...”.
“Isso só será possível numa escola em que o aluno não estude, porque o pai mandou, para não ficar de recuperação, ou para sair logo. Deverá ser uma escola com outras motivações, na qual estudar seja interessante, pesquisar seja algo inevitável para satisfazer as curiosidades despertadas, e aprender seja algo imprescindível na consciência de futuros cidadãos que desejam se aprimorar e colocar o conhecimento a serviço da comunidade.”
Trago estas palavras e me questiono, com o turbilhão de acontecimentos onde o dinheiro e o “meu” bem estar está cima de tudo, não importando quem “eu precise derrubar” para alcançar o patamar maior dentro do meu campo profissional e ou pessoal, onde eu preciso ser o melhor para garantir aquela única vaga de emprego que me oferecem, conseguiremos fazer com que os jovens despertem suas curiosidades e desejem se aprimorar em prol de serviços das comunidades?
É isso que acredito que muitas de nós professoras ultimamente tentamos fazer, com que os alunos se tornem voltados para o sociável, para o coletivo, para ações de bem comum, e será que isso está dando resultados???
Ou os professores estão adoecendo muito mais e cada vez mais cedo?
“A maturidade das crianças e jovens de hoje, sua forma diferente de ver o mundo, exigem um currículo amplo, que inclusive comporte essas discussões”.
Será que as atitudes dos jovens atualmentes são sinônimos de maturidade...???
“Estudantes toleram cada vez menos os cursos que não têm relação com suas vidas, distantes das necessidades do cotidiano e de seu mundo”.
Acredito que não seja somente os estudantes que não toleram mais estes cursos, distantes das realidades, os professores também querem e na medida do possível buscam novas alternativas, mas como a autora mesmo colocou, há diretrizes, currículos, normas, burocracias, mas o que elas são “federal” e será que condiz com as realidades encontradas e, cada estado, em cada município em cada escola?
Será que as crianças já sabem desde cedo o que querem ser, quando profissionais, será que terão campo de trabalho para seus desejos?
Para tanto nas condições em que muitas escolas se encontram, acredito que mesmo hoje já temos professores que possam ser chamados de dinamizadores de inteligência, não é o fator físico espacial, munido de um computador que podemos “classificar” um ser humano hoje como professor daqui a alguns anos como dinamizador da inteligência, cada época faz seus personagens e autores.
Para chegarmos a idealização de 2069, em nossas escolas temos um caminho muitíssimo árduo, não somente se tratando de mudanças de paradigmas, mas também será preciso, mudanças de leis, de recursos, de ideais e principalmente, mudanças de caráter e de foco para o coletivo, e para nós na educação uma mudança de metodologias.
Pode ser que eu tenha interpretado este texto como uma crítica e não como a era da cibercultura, temos nossas avaliações desta forma, porque vivemos nesta época, acredito que já foi muito pior, e com certeza a educação sempre estará em busca de qualidade de conhecimento, pois cidadãos cultos transformam a sociedade, o mundo em sociedades de qualidade de vida, e é isso que acredito que sempre estamos como instituição de ensino tentando fazer, acredito muito no professor como um ser de amor à educação, ao coletivismo, a democracia, temos aqueles que não colaboram, que não querem... Temos sim...
Mas temos também aqueles que como a autora acreditam numa educação em que se priorize o trabalho coletivo, a busca de aprendizagens para melhorar a qualidade de vida. Tomara que chegando em 2069 eu possa estar vendo esta “realidade” que a autora traz neste texto.
Mas como já mencionei e como ela também coloca com suas palavras “
O tempo depende de nós, que estamos nas escolas, da abertura de visão das instâncias governamentais de supervisão escolar, e das Políticas públicas de investimento numa reforma educativa; mas de qualquer forma, as Práticas escolares tradicionais não vão poder se sustentar na cibercultura”.
Assim como a era do aprendizado através de castigos não suporta a época em que estamos vivendo, com as medidas e mudanças de culturas os tipos de metodologias atuais também não suportarão para esta sociedade que está “nascendo”, acredito sim que uma das metodologias venha ser a “cibercultura”.
Comentários do grupo
Um comentário:
Você iria adorar o livro "Emoções e Linguagem na Educação e na Política" de Humberto Maturana...
;)
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